3/23/2011

Eduardo Paes um governo Imoral.


Choque é a sensação produzida por uma carga elétrica. Há tempos atrás o choque era utilizado nos tratamentos de doentes mentais, mas atualmente com o desenvolvimento da Medicina, esse método como procedimento de cura foi abolido e totalmente condenado pela ineficácia comprovada na sua aplicação. Choque também significa querela violenta, conflito.
Eduardo Paes implantou, nos primeiros dias de sua gestão a frente da prefeitura do Rio, o “choque de ordem”, Paes certamente adotou este último significado para o vocábulo choque, ou seja,  conflito violento “e direto”.
Colocando em prática essa medida, cujo objetivo é realizar ações contra vendedores ambulantes, flanelinhas, moradores de rua, construções irregulares e publicidade não autorizada. O xerife das operações (que mais pareciam ser espetáculos cinematográficos) era o deputado federal Rodrigo Bethlem (atual Secretário Municipal de Assistência Social), que mobilizava uma equipe de cerca de 2.000 servidores, formada de guardas municipais, PM’s, fiscais, operários e etc.  Eu escrevi uma nota  na ocasião sobre este programa do governo (Choque de Ordem X Choque de Progresso) que segundo o próprio governo, seria uma de suas grandes marcas, alertei  na ocasião para os erros que Eduardo Paes estava cometendo ao implantar tal programa nos moldes em que se seguia. Considero que agora já seja possível avaliar e comprovar a incompetência e mais a imoralidade da gestão de Eduardo Paes.

Em rela
ção aos alvos definidos para cada operação, nota-se uma diferença no modo de conduzir cada uma delas. Quando se trata de construções irregulares e de publicidade não autorizada, primeiramente os responsáveis são notificados, depois multados e finalmente, em algumas situações é demolida ou removida o que a Prefeitura considera ilegal. Já com relação, por exemplo, aos moradores de rua, localizados dormindo à noite debaixo das marquises, os menores são recolhidos para abrigos na frente das câmeras e de lá eles saem quando quiserem e como quiserem sem responsáveis legais e ou destino certo e os adultos poderão ir para os abrigos, se desejarem, caso contrário não poderão ficar no local onde dormiam, terão que ficar circulando. Há poucas vagas e poucos abrigos no Rio e são todos muito mal estruturados. O Prefeito prometeu alugar hotéis populares na região do centro para tentar abrigar de maneira mais digna tais pessoas o que ficou no discurso aliais como tudo o que ele promete no que ser refere ao trato direto com o bem estar do cidadão como indivíduo.

Existe, sem d
úvida, uma grande diferença no choque aplicado no primeiro e no segundo caso. O primeiro diz respeito a estrutura física logística imobiliário, algo morto patrimonialista e o tratamento segue princípios burocráticos e legais independente da situação de clara ilegalidade do mesmo, no segundo caso estamos falando de relação direta com indivíduos pessoas carentes necessitadas de uma ação sensível e humana por parte do estado e governantes, estes são tratados a ferro e fogo, eles passam a conhecer a mão forte e opressora do Estado, sem que seus direitos básicos e constitucionais sejam respeitados e ou observados. Vale ressaltar que, segundo levantamento da Secretaria de Assistência Social, se estima existirem na cidade cerca de 2.500 moradores de rua e muitos deles com atividade remunerada; é claro, mal remunerada, não permitindo o pagamento de passagens, de ida e volta, para suas casas
.
Tratamento igual é dado para a mendicância, os sem-teto, os sem emprego, enfim os desafortunados da vida, que, muitas vezes, se encontram nessa situação com suas famílias devido à ausência e/ou ineficácia de políticas públicas que visem à correção da injustiça social, gritante em nossa sociedade e cidade.

Desde o inicio o que se pode observar no choque de Eduardo Paes é o tratamento violento e conflitante com o cidadão enquanto indivíduo fraco e sem condições e recursos pessoais para buscar seus direitos civis.

A maior preocupação de um governante deve ser com o bem estar do cidadão, ou seja, das pessoas, do individuo. O governo deve garantir os direitos individuais do cidadão e não ser pura e simplesmente um agente de repressão especialmente contra os mais frágeis e indefesos. 

Eduardo Paes não mobilizou seu governo em nenhuma área se quer para o cuidado das pessoas dos cidadãos enquanto indivíduos, talvez porque isso não de a mesma mídia que da o choque violento de conflito de suas tropas contra o cidadão. 

É imoral um governante agir contra o cidadão, sob qualquer espécie de desculpa e ou pretexto, é incompetente o governo que atua sem sensibilidade ao interesse social e individual dos mais fracos.

Quero demonstrar em minhas notas sobre temas diversos como saúde, educação, habitação, saneamento e etc; o quanto é cruel a gestão de Eduardo Paes  na prefeitura do Rio. O quanto este governo age na busca de interesses pessoais de seus quadros e como estes estão distantes dos interesses da população. 

Esta na hora de diagnosticar este governo e de demonstrar o quanto este é imoral. Esta na hora de abolir o choque para por ordem na cidade a parti do respeito e da sensibilidade com as pessoas com o cidadão.

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